sábado, 14 de novembro de 2015

{ Super herois e notícias escabrosas. Mais do mesmo todos os dias }



Toda hora somos bombardeados com notícias e informações super negativas sobre o que vai pelo mundo. Ataques terroristas, assassinatos, roubos, criminosos cometendo todos os tipos de barbaridades. Desobedecendo as leis de maneira ousada e criativa.

Os mais modernos invadem a net e têm acesso a cartões de crédito e números de senhas. Cybercrimes são mais estilosos. Só que não.

Só tranqueira.

Quando vamos ao cinema, same shit. A maioria dos filmes agora envolve super herois tentando salvar a humanidade da maldade de criaturas desajustadas mais crueis que os animais da selva.

Personagens malignos pretendem dominar o mundo e impor seu desejo de autoridade e submissão. Mudam os nomes dos super herois mas o objetivo é geralmente o mesmo.

O último filme de James Bond não foge muito disso. As cenas são impactantes. Cenários deslumbrantes, figurino impecável  que mais parece um video-catalogo com as peças mais top de Giorgio Armani, Prada e Gucci. Mas a estória toda se passa em torno do mesmo drama --- eliminar o vilão paranoico com ideias que parecem arquitetadas na mente do paciente mais grave de um hospital psiquiátrico.

Agora a notícia mais comentada e hypada  são os ataques terroristas em Paris onde mais de cem pessoas partiram dessa pra melhor. E manda oração e mais oração como se fossem mudar alguma coisa.


Na semana que vem certeza que vamos receber o upgrade com as informações do último golpe do governo. Se não tem golpe não é Brasil.


A impressão que dá é que a mídia e a indústria da diversão andam lado a lado focadas na mesma tarefa. Tornar a vida nesse planeta uma tempestade de más notícias e estórias do mal.

Mas isso é real mesmo? Nem é.

Defenda-se. Blinde-se contra essa enxurrada de negatividade. Existem zilhões de coisas bacanas acontecendo o tempo todo. Na verdade, a normalidade reina.

Basta se afastar dessas fontes de informações e fatos e perceber.  A gente sai de casa de manhã, agiliza tanta coisa e volta mais tarde sem nenhum arranhão. Saudável. Ileso. Assim é com a maioria.

Pode rolar algum atrito durante o dia, claro. Normal. Alguma frustração. Coisas que não rolaram como planejado. Faz parte.

Mas nada tão assustador assim. Nada tão negativo e escabroso como o que vemos nos portais de notícias  e nas telas de filmes.

A vida flui de boa.

A gente é que tem de focar nesse lado positivo. Saber viver exige esforço e inteligência. E isso inclui olhar pro lado mais bacana onde as coisas estão sempre dando certo. Let's not worry so much. Let's be happy.

..................................................................................................................................................................

domingo, 6 de setembro de 2015

{ BONITINHO. MAS MUITO MAIS-DO-MESMO }

Google cria nova página para celebrar o 7 de setembro.

Bonito e visualmente bacana mas super convencional. Os mesmos ícones de sempre para simbolizar o Brasil. Na verdade, não simboliza nada. Óbvio, o Brasil é muito mais do que mata verde, araras e tigres. Imagens desgastadas e clichês, isso sim.

Interessante como uma empresa tão poderosa que se destaca nas animações não consegue trazer conteúdo novo em algumas de suas criações.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

{ Uber }



O Uber veio oferecer carona na modernidade pra todo mundo. Mas não é o que está rolando.

Todo o bla bla bla em torno do aplicativo mostra como o lado mais conservador das pessoas sempre grita mais. Gente atolada no passado impedindo o mundo de avançar.

O Uber prova tb como inovar dá trampo. Ter uma ideia nova de verdade já é tenso. Aí você tem de convencer os mais tradicionais a aceitar essa ideia.

Os fanáticos das igrejas. Os políticos. O Charada e o Coringa. E agora os anti-Uber. A vida é uma luta do bem contra o mal. O tempo todo.

                                              oOo

terça-feira, 21 de abril de 2015

Maioridade. Now seriously.



Por um lado, também acho que a galerinha mais nova hoje tá muito bem esclarecida e consciente do que faz. Muitos têm opiniões bem formadas e embasadas.

Já tomam atitudes e decisões amadurecidas. Mas estamos falando dos novinhos que estudam em colégios bacanas de riquinhos. Vivem vidas suaves e interessantes. Mesmo não sendo da alta elite, tem muito menor de idade com formação correta para saber o que é certo e o que é errado.

Baixar a idade para esse tipo de garoto e garota tem lógica.

Agora para quem vem do nada, não recebe orientação nenhuma, vive uma vida cagada não é bem assim. Acho que só dá pra exigir consciência e responsabilidade de quem teve um mínimo de orientação na vida.

Na real, acho que tds nós estamos muito amargos e cheios de raiva. E esse não é o sentimento que resolve as coisas. Ctz. É meio clichê mas é muito game de violência, filmes só focando em agressividade e embates. Notícias negativas por tds os lados.

Assim não dá. Um mundo mergulhado no negativo não funciona mesmo. As pessoas mais inteligentes conseguem se colocar no lugar do outro. Isso é característica das pessoas mais aptas a pensar melhor. Antes de concluir qq coisa e se posicionar, melhor a gente repensar bem td o que pensamos. Fica a dica.

Ae sim. Quem tem mais divide mais.


Dan Price é o novo super heroi. Esse sim, na vida real. Muda o destino de muita gente e nem usa capa ou super poderes.

Na verdade, sua única super habilidade é ter sensibilidade e muito bom senso. Está abrindo mão de grande parte dos lucros da própria empresa e repassando aos funcionários.

A empresa é a Gravity Payments que fica nos Estados Unidos mas agora vai ser reconhecida no mundo todo pela atitude dele.

Nem tudo é tão complexo como a gente imagina para haver grandes mudanças no mundo.

E ctz que não depende só do governo essa transformação. Depende de todo mundo como habitante do planeta. E isso inclui aqueles bem sucedidos que já conquistaram uma conta bancária estrelada.

Gostamos de novas tecnologias. Gostamos de compartilhamento e novos comportamentos. Mas principalmente desse tipo de comportamento. Money talks. Mas no caso desse empresário, money sings a beautiful song.
...............................................................................

https://catracalivre.com.br/geral/negocio-urbanidade/indicacao/empresario-reduz-seu-salario-e-aumenta-para-r-18-mil-o-pagamento-dos-funcionarios/

quarta-feira, 18 de março de 2015

SÃO PAULO. MIXER ALUCINADO DA MODERNIDADE LÍQUIDA.



Aqui em São Paulo, todo mundo está sempre aberto a novidades. Seja um novo restaurante, uma lanchonete descolada, uma balada, um grafite ou uma nova tattoo, a gente quer sempre ver o inusitado.

E São Paulo, bagunçada e caótica, traz esse tipo de coisa com frequência.

Parece que Zygmunt Bauman até já morou por aqui.É esse senhorzinho europeu que pensa muito e acerta muito também com suas conclusões quem diz que vivemos a modernidade líquida. Como assim? Modernidade líquida é a expressão que ele criou para explicar o mundo hoje.

Tudo muda a toda hora. Nada mais é fixo ou constante. As coisas fluem o tempo todo. Como os líquidos. E isso quer dizer que a moda, os hábitos, os interesses, a curiosidade e até os valores não são mais permanentes.

Isso define bem o mundo de hoje.  São Paulo, inclusive. O inesperado está sempre dando oi por aqui. E a gente dá boas vindas e agradece.

Tem um lado bom nisso. Nunca temos tempo pra ficar cansados das coisas já que são sempre coisas novas.

Mas também tem um lado meio bad. Estressamos rápido com essa velocidade e as mudanças incessantes. Às vezes não temos tempo pra tomar fôlego. E em algumas situações, essa possibilidade de mudar tudo e todos pode não ser a coisa certa a fazer.

Talvez analisar um pouco mais demoradamente as coisas ajude a perceber melhor a qualidade e o valor das coisas.

Sorveterias com essa pegada mexicana, por exemplo. De repente, existem dezenas. Começam a surgir meio sem aviso. Todas muito iguais. Na apresentação, na proposta, no sabor. Até no cartaz ou na lousa na frente da loja.  Poxa, mais criatividade, por favor. Mais originalidade.

Gostamos de novidades de verdade. Não replays e cópias. E queremos qualidade. Paletas mexicanas mesmo só conheço Los Paleteros. Os outros parecem tentativas fail de um produto ótimo. Não sei exatamente se as paletas mexicanas vendidas no México são o que temos aqui. Mas pelo menos a de chocolate belga e a de coco são sensacionais.  Toneladas de coco, muuito coco mesmo naquele tijolão. E um sabor intenso de chocolate na outra pepita.


Mesma coisa acontece com os letterings que decoram tantos cartazes agora. De uma hora pra outra, tudo quer ser lettering. Tudo quer parecer artesanal, cursivo, improvisado e imperfeito.  Mas aí também a gente encontra muito cartaz com lettering fake. Material que não é exatamente feito manualmente.. Design imitação de letrismo.

Felipe Grimaldi é o cara nessa área. Ele ensina todo mundo as técnicas e os truques para desenhar letras artesanalmente de verdade. Se você ainda não ouviu falar, vale conhecer o estúdio dele na Oscar Freire. Só estou comentando aqui sobre ele porque fiz o curso de lettering e fiquei muito entusiasmado. Mesmo sem ser designer, consegui desenhar e criar coisas bacanas seguindo a orientação dele.

Picolés surpreendentes, cartazes modernos, tatuagens e grafites irreverentes. Tudo isso é caótico. Tudo isso é São Paulo. Tudo é Zygmunt Bauman e os tempos líquidos que vivemos.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Branco e dourado é o novo preto e azul. Huahua

Daltonismo. Sqn


A gente passa a vida olhando pras coisas e identificando cores. E aí um vestido qualquer gera tanto comentário. Provado. A net amplifica mesmo a importância de tudo. Pro bem e pro mal. E outra -- o que vale é vibrar e se envolver. Assim é a net.

{ JULIANNE MOORE }



Só eu que acho ela linda e inteligente nível nem-dá-pra-mensurar? Vamos combinar e votar nela nas próximas eleições pfv.


{ SELFIE }


vimeo.com/106807552



Uma crítica a essa febre das selfies. As garotas ficam tão embasbacadas em fazer uma selfie com Kirsten Dunst que deixam de conversar com ela. Ou até conhecer um pouco mais sobre a atriz-gata.

A única coisa que lembram de pedir a ela --- pode me dar um tag? O olhar de decepção de Kirsten é o que mais pega no vídeo. Tocante.

Acho que a mensagem é simples. Menos, galera, menos.

Cinquenta tons nada a ver



Já tinha certeza de que o filme seria um top na lista daqueles que nem vale a pena mesmo que vc encontre um ingresso grátis no encarte da revista. Só pelo tipo de livro no qual se baseia. Best seller pra quem curte fantasias desconectadas da realidade e personagens que são uma coleção de estereótipos.

Mas fui ver mesmo assim porque era o único naquele horário --- e chovia demais. Nem dava pra sair do shopping.

Nessas horas, o melhor é se preparar psicologicamente.  Não vale analisar muito. Nem esperar demais da sessão. Melhor mesmo é nao esperar nada.


Mas fala sério. It's all rubbish, folks. É lixeira mesmo.  Começando pela falta de qualidade técnica.


Iluminação que lembra muito as novelas da tevê. Todo mundo o tempo todo em todas as cenas com a mesma fonte de luz única.  Parecendo que a história toda acontece sob a luz do sol e rebatedores perfeitos. Nada de sombras estranhas ou significativas.

A câmera se movimenta da maneira mais óbvia possível. Estilo vamos-simplificar-porque-não-tamos-aqui-pra-ganhar-oscar. Não rola um movimento bacana que ressalte qualquer emoção ou conflito nos personaagens.

Anastassia é a personagem principal. Parece meio perdida principalmente no início do filme. Talvez o roteiro pedisse isso. Mas ela permanece assim até o final. Huahuaa. Será que era essa a ideia? Nope.

Tem também alguns momentos que pretendem ser dramáticos na história. Quando a garota ouve coisas "ousadas" do parceiro. Ousadas? Talvez pra quem vive uma vida sem novidades, bem convencional e um pouco desinformada.

Ele diz que farão um acordo e ele será o dominador e ela a escrava sexual dele. E daí? Parece tudo um pouco fora de época. Sadomasoquismo é coisa antiga. Na Inglaterra é um tipo de fetiche que já é mais que conhecido. Tem os dundgeons por lá exatamente pra isso. Casas dedicadas a isso e gente que pratica há um tempão.


Mas o olhar de Anastassia é sempre uma mistura de ingenuidade com surpresa e choque. Com o sobrenome Steele, que obviamente lembra aço na tradução, talvez a ideia é de que ela seja fria. Ou resistente. Vai saber. Mas não faz diferença nenhuma.

O filme é meio brega. Poderia até ter uma direção de arte bem cuidada e um tom invoador com esse tema na filmagem. Como Hitchcock lembrava, não há histórias ruins. Só histórias mal contadas.

Cinquenta tons é tipo torrada com requeijão. Sem sabor. Sem surpresas. E támbém  um alimento que não alimenta.

O mais bacana vai ser ver algum comentário e a zoeira no Não Salvo. Se ainda não saiu vai sair.


Não curti como já esperava. Mas recomendo muito. É material pra muitas horas de risadas e conversa depois da sessão. Lots of pain. No gain. Muita dor pra assistir. Nenhum benefício.